O seguro ide responsabilidade civil ainda é negligenciado no Brasil. Na Europa, por exemplo, a lógica é indenizar as pessoas que sofrem os danos, os terceiros.

Por aqui, o  segurado pensa mais em si quando contrata um seguro.

O seguro automóvel cobre o conserto de seu veículo, mas ele paga também a lanterna de um carro de R$ 1 milhão em que você venha a bater?

Por conferir maior segurança em riscos como esse, o seguro de responsabilidade civil ganha cada vez mais importância.

Na Europa, esse tipo de seguro é obrigatório para o licenciamento dos carros. 

Em vez de se preocupar em indenizar os prejuízos de quem o contratou, como faz, por exemplo, o DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), ele visa indenizar as pessoas que foram lesadas por quem tem o seguro.

Em Portugal, existe o Fundo de Garantia Automóvel, que indeniza qualquer um que sofrer danos causados por um motorista que rode sem o seguro obrigatório.

Por aqui, o que temos mais próximo disso é a cobertura de danos contra terceiros, contratada por quem adquire um seguro tradicional. 

Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa (RCF)

O Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa (RCF) tem o propósito de reembolsar ao segurado as indenizações que ele tiver de pagar, judicial ou extrajudicialmente, caso provoque um acidente que gere danos corporais e/ou materiais em outras pessoas (motoristas ou não), até o limite da importância que foi contratada.

Em algumas apólices, o serviço pode ainda cobrir danos morais.

A indenização a terceiros não se restringe a particulares. O Seguro pode prever reparos ao patrimônio público, cujo custo não é barato. Incluem-se aqui muros, postes, guard-rails, etc.

Um poste de luz pode custar R$ 3.000 ou mais de R$ 13 mil, caso tenha um transformador. Os valores variam conforme o equipamento, o tipo e o grau dos danos.

Mesmo com o RCF, a cobertura mais corriqueira ainda é relativamente baixa no Brasil.

Fonte: Revista Quatro Rodas