Diariamente, o furto de carro é contabilizado. Só na capital paulista, cerca de 109 veículos são furtados por dia, segundo dados de 2018, computados pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) a pedido do Grupo Tracker.
Ao menos 40.144 automóveis foram furtados na cidade de São Paulo em 2018, sendo que a Zona Leste é a região que reúne seis dos dez bairros campeões de furtos de veículo na cidade.
Desse total, a maioria dos casos (8 836) ocorre de manhã, enquanto a madrugada é o período do dia menos comum (1 951) para furtos do tipo.
Confira abaixo a lista dos bairros mais visados e os números relativos a furto de carro em 2018.
1º São Mateus: 855
2º Sapopemba: 718
3º Ipiranga: 683
4º Vila Mariana: 649
5º São Lucas: 643
6º Tatuapé: 641
7º Vila Prudente: 632
8º Penha: 587
9º Tucuruvi: 564
10º Perdizes: 540
11º Itaquera: 537
12º Água Rasa: 513
13º Lapa: 487
14º Santana: 475
A maioria dos veículos é levada das vias públicas (foram 23. 422 casos), embora também existam casos registrados em estacionamentos pagos e de comércios e serviços, dentre outros.
O número representa uma redução de 6,7% em dez anos, quando foram registrados 43 056 casos.
Porém, na prática, significa que a cada 4,5 minutos, um carro é furtado em São Paulo.
Bairros com maior incidência de furto
De todos os furtos em 2018 no Estado, 41,46% ocorreram na capital. Como aponta o professor Erivaldo Costa Vieira, do Núcleo de Pesquisa da Fecap, os casos também afetam a população “flutuante”, que mora em outras cidades e trabalha em São Paulo.
O professor ressalta que as vias com mais casos são geralmente as de grande extensão, como a Avenida Sapopemba (cerca de 4 quilômetros), que teve 117 furtos no período.
Entre as dezoito com mais ocorrências, há algumas de menor porte, como a Rua Barão do Bananal, na Zona Oeste, com cerca de 1,5 quilômetro.
Um dos motivos para haver menos roubos nas regiões mais próximas do centro é a maior presença de policiamento e segurança privada, afirma o professor Rafael Alcadipani da Silveira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Sobre furtos, o professor diz que, caso não ocorram mudanças, a tendência é continuarem ocorrendo.
“O criminoso vai perceber onde é mais fácil para atuar. Se não muda o contexto, ele vai continuar praticando o furto no mesmo local.”
Fonte: Revista VejaSP